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7 de junho de 2016

Giardíase

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Giardíase

É muito provável que no decorrer da vida o seu cão já tenha apresentando diarreia, vômito e depressão seguida de perda de peso. Pois bem, esses são os principais sintomas da giárdia, uma das doenças intestinais mais comuns em cães e até mesmo em seres humanos. Neste artigo, você terá a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a giardíase, como preveni-la, seus sintomas, diagnóstico e tratamento…tudo com vocabulário simples e direto. 
 Causa e transmissão…

giárdia, ou giardíase, é uma doença causada por um protozoário popularmente conhecido como G lamblia ou G duodenalis. Trata-se de uma doença importante que pode gerar complicações e danos à saúde de animais (principalmente cães e gatos nos centros urbanos) e nos seres humanos, sendo assim classificada como uma zoonose.
O crescente número de animais domésticos e o aumento da densidade populacional não acompanhada de desenvolvimento urbano, faz com que a giárdia se torne caso clínico cada vez mais comum nas clínicas e hospitais veterinários. A transmissão da giárdia pode ser classificada de duas formas:
Giárdia Transmissão Indireta: os cães são infectados através da ingestão de água ou alimentos contaminados com cistos provenientes das fezes de outro indivíduo já contaminado com giardíase.
Giárdia Transmissão Direta: geralmente se dá em canis e gatis, onde os animais ficam mal acomodados, aglomerados uns aos outros e têm contato direto.
É importante ressaltar que o cisto da giárdia pode sobreviver por meses em locais úmidos, porém podendo ser inativado por compostos químicos que serão citados na seção relacionada à prevenção da giardíase.

Sintomas da Giárdia

A giárdia se apresenta em cães com sintomas característicos, como diarreia intermitente que compromete diretamente a digestão e absorção de alimentos, o que por sua vez gera como consequência a desidratação, perda de peso e em casos mais severos, o óbito. Em relação as fezes, estas costumam ser pálidas, fétidas e molengas, podendo apresentar-se na forma aquosa ou hemorrágica, quando também apresentam vestígios de sangue. De toda forma, vale ressaltar que fatores como cepa do parasita, o tempo de 
infecção, dieta alimentar e o estado imunológico influenciam nos sintomas da giárdia. 
Diagnóstico da Giárdia

A giárdia pode ter diagnóstico suspeito através de exame clínico associado a entrevista com o proprietário do cão, podendo chegar ao diagnóstico preciso através de exame laboratorial que identifica cistos nas fezes do animal doente.

Por último, vale dizer que a a identificação de cistos nas fezes geralmente é possível nos primeiros sete dias após o inicio dos sintomas, gerando a opção de recorrer ao exame seriado, aquele que é repetido mesmo quando o resultado é negativo através de amostras distintas. 

Tratamento da Giárdia

Antes de tudo vale citar a máxima “todo medicamente deve ser receitado pelo seu médico”, veterinário(a) no caso. No caso da giárdia em cães, o medicamento mais usado é o metronidazol. É considerado seguro e eficaz, porém não deve ser administrado em cadelas gestantes, pois atravessa a barreira placentária. Anti-helmínticos como é o caso do albendazol também mostram-se seguros e eficazes no tratamento da doença.  

Prevenção da Giárdia

A manutenção de bons costumes da educação sanitária, ajudam a diminuir a transmissão fecal-oral, conferindo importância na melhora da qualidade da água e na higienização correta das mãos e alimentos antes das refeições. Em ambientes frequentados por animais que já foram infectados pela doença, é importante fazer a higienização química, com compostos de amônio quaternário, água sanitária, vapor e água fervente, assim elimina-se a possibilidade de sobrevivência dos cistos.
Como medida profilática, recomenda-se a vacinação de cães contra a giárdia, uma vez que a vacina reduz a incidência da doença com eficácia. A vacina contra a giárdia é composta de duas doses espaçadas de 15 dias para animais nunca antes vacinados, com reforço anual em dose única.