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19 de maio de 2016

Função Hepática

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Na avaliação da função hepática, são recomendados os seguintes exames:
  • Albumina
  • ALT (TGP)
  • Bilirrubina Total
  • Colesterol
  • Fosfatase Alcalina
  • GGT
  • Glicose
  • Hemograma Completo
  • Uréia
  • Uroanálise
 
Alanina Amino Transferase (ALT)
Indicações: doenças sistêmicas que acarretem perda de peso, hepatomegalia, vômito, diarréia, icterícia, ascite e anorexia. Também recomendada em suspeita de doença hepática. É uma enzima específica para o fígado, mas tem pouca sensibilidade.
Fatores que interferem na análise: drogas que causam dano hepatocelular podem aumentar os níveis de ALT (Barbitúricos; Carprofeno;, Doxiciclina; Diazepam; Glucocorticóides em cães; Griseofulvina; Halotano; Ibuprofeno; Itraconazol; Cetoconazol; Mebendazol; Fenobarbital; Sulfonamidas; Paracetamol; entre outras).
Causas de elevação da ALT: a ALT é uma enzima encontrada em grande quantidade no citosol dos hepatócitos. Um aumento significativo (2 a 3 vezes o valor de referência) nos níveis séricos de ALT indicam, portanto, dano hepatocelular. Aumentos discretos podem estar presentes também após lesão muscular e exercícios. A meia-vida da ALT no soro é de 1 a 2 dias. Os níveis séricos de ALT, porém, sofrem redução gradual, dentro de 1 a 2 semanas, após a interrupção do dano hepático. Além disso, a ALT pode permanecer elevada durante a regeneração hepática.
Aspartatoaminotransferase (AST): Está presente em grandes quantidades nos músculos esqueléticos, rins, cérebro, eritrócitos e coração. Nos caninos e felinos tem baixa concentração citoplasmática (cerca de 20%), mas está presente dentro de organelas (mitocôndrias), aumentada em lesões mais acentuadas, com necrose celular. Sua meia-vida é em torno de 5 a 12 horas no cão e cerca de 2 horas no gato, sendo um bom índice para se avaliar processos em resolução nas lesões hepatocelulares, pois os níveis da substância voltam ao normal mais rapidamente.
Nos bovinos e equinos, existe grande quantidade de AST citoplasmática, além de sua localização mitocondrial. É uma das enzimas de escolha para a avaliação hepática nessas espécies, mostrando-se bem sensível, mas pouco específica, pois qualquer lesão em hepatócitos ou fibras musculares é suficiente para permitir a saída de enzimas celulares.
Bilirrubina Total
Indicações: quando há icterícia, bilirrubinúria ou suspeita de doença hepática com icterícia não aparente. A icterícia só se torna visível na esclera quando os níveis de bilirrubina sérica são maiores que 3 a 4 mg/dl.
Fatores que interferem na análise: a exposição à luz pode reduzir os níveis de bilirrubina em 50% após uma hora. Indica-se proteger o material da luz, utilizando um frasco âmbar ou cobrindo-o com papel alumínio. Fenobarbital pode reduzir os valores da bilirrubina, por causar indução das enzimas hepáticas.
 
Causas de Hiperbilirrubinemia
Doença Hemolítica: a realização de um hemograma auxilia no diagnóstico diferencial (o número de hemácias deve cair muito e rapidamente para que ocorra icterícia). Podem ser detectados: reticulocitose, hemoglobinemia, hemoglobinúria e esferocitose. Anemia hemolítica aguda também pode causar elevação significativa dos níveis de ALT.
Doença Hepatobiliar: os valores de bilirrubina total não têm valor prognóstico ou diagnóstico. Devem ser, portanto, associados a outros exames. Nos felinos, a maioria das doenças hepáticas evolui em icterícia. As causas mais comuns são: lipidose hepática, colangite, colangiohepatite, linfoma hepático e Peritonite Infecciosa Felina. Muitas vezes o diagnóstico específico requer uma biópsia hepática.
Nos cães, pode ocorrer icterícia em: patologias obstrutivas do ducto biliar; colecistite; hepatite crônica; linfoma hepático; necrose hepática aguda; cirrose hepática; e colestase intrahepática.
 
Fosfatase Alcalina Sérica
É uma enzima útil na avaliação de colestase hepática. Todavia, seus níveis são afetados por corticosteróides, lesões ósseas e atividade osteoblástica de cães em crescimento.
 
Causas de elevação da Fosfatase Alcalina (FA)
– Felinos: qualquer aumento de FA em felinos deve ser investigado, pois essa espécie tem menor quantidade de FA nos hepatócitos, além de rápida excreção renal. Nem todos os gatos com aumento de FA têm doença hepática. As principais causas de aumento da FA são: lipidose, colangite, colangiohepatite, hipertireoidismo e diabetes mellitus.
– Cães: nos cães, as principais causas de elevação da FA são doença hepatobiliar, hiperadrenocorticismo, uso de glicocorticóides e anticonvulsivantes.
 
Gama Glutamil Transpeptidase (GGT)
Nos felinos, essa enzima tem maior sensibilidade a danos hepatobiliares do que a Fosfatase Alcalina. A exceção é a lipidose hepática, em que, geralmente, há aumento da FA com pouca ou nenhuma elevação da GGT. A avaliação em conjunto da GGT e da FA tem alto valor preditivo para doenças hepáticas.